Veículo parado pela PRF em Morrinhos desencadeia operação contra venda de peças de veículos roubados.

Veículo parado pela PRF em Morrinhos desencadeia operação contra venda de peças de veículos roubados.

Publicado em:

Última Atualização:

A investigação teve início há cerca de um ano, após a PRF abordar um caminhão que havia saído de São Paulo, com nota fiscal de carga de sucata de carros. O veículo foi parado em Morrinhos (GO). Após o episódio, o caso passou a ser monitorado, o que levou os agentes a descobrir o modelo de ação do grupo criminosos, que trazia as peças para venda no comércio irregular de Goiânia, na Vila Canaã.

O estado de Goiás foi palco de uma operação da Polícia Civil (PC) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que prendeu 35 pessoas, acusadas de integrarem um grupo criminoso especializado na comercialização de peças de veículos roubados. Além dos mandados de prisão, os agentes cumpriram 71 mandados de busca e apreensão, em Goiânia (GO), Aparecida de Goiânia (GO), Trindade (GO) e Senador Canedo (GO).

Ao todo, 250 agentes participaram da operação, que foi realizada na terça-feira (23). Parte dos mandados foram cumpridos em Ceilândia, no Distrito Federal, no Rio de Janeiro e nas cidades paulistas de Mogi das Cruzes, São Paulo, Osasco, Cotia, Sorocaba e Torre de Pedra.

Esquema

Foram realizadas diligências em 28 lojas e 43 residências, suspeitas de servirem como base de operação do esquema. Segundo a investigação, os veículos roubados passaram pelo processo de desmanche e, posteriormente, tiveram as peças vendidas, na vila Canaã, em Goiânia (GO).

Foi revelado ainda que os veículos eram roubados no estado de São Paulo, tinham as placas adulteradas, passavam pelo desmanche de peças e, por fim, eram levados em caminhões para Goiás.

Integrantes

A delegada Rafaela Azzi, da Delegacia Estadual de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos Automotores (DERFRVA), conta que várias pessoas participam do esquema criminoso. Parte dos criminosos agiam como assaltantes, em São Paulo, e outros ficavam com a função de adulterar, remover as partes dos carros e realizar o transporte. Segundo a investigadora, todos os envolvidos tinham consciência das práticas criminosas, inclusive os compradores, que em maior parte eram comerciantes que solicitavam encomendas com as peças. Segundo a Polícia Civil, cada caminhão carregava peças de cerca de 10 veículos roubados, que vinham de São Paulo e eram vendidos por até R$ 80 mil. No entanto, todos os veículos roubados, juntos, chegavam a valer R$ 800 mil.

Sobre os mandados cumpridos no Rio de Janeiro e em Ceilândia (DF), a delegada explicou que as ações tiveram como alvos empresas de fachada, que emitem notas falsas para causar a impressão de legalidade nas transações ilícitas. Os suspeitos são acusados de furto e roubo, adulteração de sinal identificador, organização criminosa e receptação. (Com informações da PCGO)

LEIA TAMBÉM

error: O conteúdo está protegido !!