O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), anunciou nesta terça-feira (22), em entrevista à TV Anhanguera, que a vacina contra o coronavírus vai ser distribuída para o estado goiano a partir de 10 de fevereiro e de forma gratuita. Segundo o governo, a data integra o Plano Nacional de Vacinação e será a mesma para todos os estados.
O Plano Nacional de Imunização prevê que grupos considerados prioritários, por estarem mais expostos à doença ou serem mais vulneráveis, sejam os primeiros a serem imunizados. A expectativa é vacinar 51 milhões de pessoas nessa primeira etapa, o que deve levar quatro meses.
“Nós vamos priorizar as pessoas que têm maiores complicações da doença. Se nós diminuirmos a contaminação dessas pessoas, nós diminuiremos a ocupação nos hospitais”, disse Caiado.
O Ministério da Saúde informou, na última terça-feira (15), que a vacinação terá início quando a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovar as vacinas contra o coronavírus no Brasil. Até o momento, nenhuma vacina foi aprovada no território nacional.
Em outras ocasiões, o governo disse que o estado receberia as vacinas a partir de janeiro e que a imunização começaria no fim fevereiro de 2021. O secretário de Saúde, Ismael Alexandrino, informou que o estado já comprou mais de 2 milhões de seringas e agulhas para garantir a aplicação das doses.
Caiado voltou a reforçar que a vacinação contra o coronavírus precisa ser coordenada pelo Ministério da Saúde para evitar que estados sejam privilegiados ou tratados de maneira diferente.
“O plano nacional de imunização não pode ser restrito a um estado. Nós não podemos quebrar aquilo que a constituição nos garante, que é um tratamento isonômico, igualitário”, disse.
Caiado mostra vacina em reunião com o Ministério da Saúde, Goiás — Foto: Reprodução/Instagram
Expectativa
A imunização deve começar usando a vacina da Pfizer. A previsão é que sejam disponibilizadas, em janeiro, 500 mil doses para todo o país. Porém, segundo Caiado, a expectativa é que se tenha a liberação em breve de doses de outras fabricantes, inclusive as produzidas pelo Instituto Butantan e pela Fiocruz.
“Ai poderíamos ter uma oferta de 30 a 40 milhões [de doses] já no mês de janeiro. Aí você muda totalmente a lógica. […] Se Deus quiser, até a metade do ano o Brasil já vai estar vivendo uma outra realidade”, completou.
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