Moradores de Piracanjuba reclamam de lama e morte de peixes no Rio Meia Ponte

Moradores de Piracanjuba reclamam de lama e morte de peixes no Rio Meia Ponte

Publicado em:

Última Atualização:

Moradores de Piracanjuba, estão expressando preocupação devido à presença de lama e à morte de peixes no Rio Meia Ponte. Segundo relatos da população, esses problemas surgiram após o início de um processo de manutenção na Usina do Rochedo.

Anteriormente, as águas desse rio eram límpidas e transparentes, permitindo a visualização do fundo. No entanto, a situação atual é de tragédia, com sujeira, peixes mortos e mau cheiro, evidenciando um cenário lamentável, conforme compartilhado pelo marceneiro Geraldo Ferreira à TV Anhanguera.

A Companhia Celg de Participações (CelgPar), responsável pela administração da usina, reporta que um dos comportas apresentou defeito, requerendo reparos. No entanto, tais reparos só podem ocorrer após o esvaziamento do reservatório. Diego Santana, Gerente de Operações e Manutenção da CelgPar, explica que o objetivo é fazer o monitoramento de captações irregulares e do uso da água para entender o motivo de estar chegando ao Rio Meia Ponte, mas não à usina.

A CelgPar emitiu uma nota, destacando que as manutenções visam garantir a eficiência na geração de energia elétrica e o controle do nível do reservatório. A empresa também se compromete a resgatar os peixes e a fornecer relatórios das descobertas feitas pela equipe de biólogos da empresa.

A Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), por meio de nota, assegura que a usina possui licença ambiental até 2027 e que a manutenção de emergência foi autorizada, demandando o rebaixamento do nível da água do reservatório. A Semad acrescenta que uma equipe de fiscalização inspecionou o local, capturou imagens por meio de drones e não identificou morte de peixes ou irregularidades.

A CelgPar informa que no último dia 27 de agosto não se registrou a vazão natural do Rio Meia Ponte no reservatório da Usina Rochedo, o que resultou no aprisionamento dos peixes ao longo das pedras e sedimentos. Tal acontecimento provocou a necessidade de resgate desses peixes pela equipe de meio ambiente, o que foi feito dentro de critérios técnicos e buscando salvaguardar o maior número possível de espécimes.

As alterações no nível da água afetam diretamente a fauna aquática e podem ocasionar a morte de alguns indivíduos. A CelgPar está monitorando a situação com uma equipe técnica especializada no local e realizando resgates de peixes quando necessário.

O problema recorrente no Rio Meia Ponte e as mortandades esporádicas de peixes têm sido questões persistentes ao longo dos anos. Diversos estudos realizados por entidades governamentais, não governamentais e instituições de ensino superior indicam que a poluição, o assoreamento e a destruição das matas ciliares são fatores predominantes que contribuem para esses episódios.

A Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás (Semad) esclarece que a PCH Rochedo possui licença ambiental válida até 12/05/2027 e outorga de uso de recursos hídricos vigente até 2040. A autorização para a CELGPAR realizar uma manutenção de emergência nas comportas do barramento foi emitida pela Semad, exigindo o rebaixamento do nível de água do reservatório. Quanto à preocupação da população com a fauna local, uma equipe de fiscalização verificou o local, gravou imagens com drones e não constatou mortandade de peixes ou irregularidades.

Fonte: O popular

LEIA TAMBÉM

error: O conteúdo está protegido !!