Moradores reclamam de escorpiões dentro de casas no setor Jardim América

Moradores reclamam de escorpiões dentro de casas no setor Jardim América

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Moradores do setor Jardim América em Morrinhos, relatam que estão encontrando vários escorpiões dentro das casas nos últimos dias. Imagens postadas nas redes sociais por eles mostram alguns animais capturados e outros ainda vivos andando pelas casas.

Eles contam que têm medo das picadas, principalmente em crianças e bichos de estimação. Uma moradora do setor disse que já recolheu vários escorpiões em sua residência, principalmente no ralo do tanque de lavar roupas.  Há relatos que outros moradores encontraram escorpiões dentro da casa no quarto e no banheiro.

De acordo com informações da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz/RJ), no período chuvoso, os animais ficam desabrigados e buscam se proteger dentro das residências nas cidades, os escorpiões surgem em edifícios comerciais e residenciais, armazéns, lojas, madeireiras, depósitos e outros, por meio, principalmente, de instalações elétricas e esgotos.

Apesar de sensíveis aos inseticidas aplicados diretamente sobre eles, os escorpiões não são facilmente eliminados por meio das desinsetizações habituais, por conta de algumas características de seu comportamento.

Atitudes importantes para evitar a ocorrência de escorpiões:

Manter jardins e quintais limpos. Evitar o acúmulo de entulhos, folhas secas, lixo doméstico, material de construção nas proximidades;

Evitar folhagens densas (plantas ornamentais, trepadeiras, arbusto, bananeiras e as) junto a paredes e muros das construções. Manter a grama aparada;

Limpar periodicamente os terrenos baldios vizinhos, numa faixa mínima de um a dois metros das casas;

Sacudir roupas e sapatos antes de usá-los, pois escorpiões podem se esconder neles e picam ao serem comprimidos contra o corpo;

Não por as mãos em buracos sob pedras e em troncos podres. É comum a presença de escorpiões sob dormentes da linha férrea;

Usar calçados e luvas de raspas de couro;

Vedar soleiras das portas e janelas ao escurecer, pois muitos destes animais apresentam hábitos noturnos;

Usar telas em ralos de chão, pias e tanques;

Combater a proliferação de insetos, alimento principal dos escorpiões;

Vedar frestas e buracos em paredes, assoalhos e vão entre o forro e paredes, consertar rodapés despregados, colocar saquinhos de areia nas portas e telas nas janelas;

Afastar as camas e berços das paredes, evitar que roupas de cama e mosquiteiros se encostem ao chão. Não pendurar roupas nas paredes;

Examinar camisas, blusas e calças antes de vestir. Inspecionar sapatos e tênis antes de usá-los;

Acondicionar lixo domiciliar em recipientes que possam ser mantidos fechados para evitar baratas, moscas ou outros insetos de que se alimentam os escorpiões;

Preservar os inimigos naturais: aves de hábitos noturnos – coruja, joão-bobo, lagartos, sapos, galinhas, gansos, macacos, quatis, etc. (na zona rural).

Acidentes

São classificados conforme a gravidade, que varia em função do tamanho do escorpião, da quantidade de veneno inoculada, da massa corpórea da vítima e de sua sensibilidade ao veneno:

Leves:

Dor e dormência locais, com tratamento sintomático e anestésico local;

Moderados:

Dor local intensa associada a um ou mais sintomas como náuseas, vômitos, sudorese, salivação discreta, agitação, taquicardia, com indicação de tratamento soroterápico antiescorpiônico via intravenosa e manutenção das funções vitais.

Graves:

Além dos sintomas citados na forma moderada, podem ocorrer vômitos profusos e incontroláveis, sudorese profusa, salivação intensa, prostração, convulsão, coma, bradicardia, insuficiência cardíaca, edema pulmonar agudo e choque, podendo levar à morte.

O tratamento é similar ao anterior, porém se deve administrar maiores doses de soro. No Brasil, a espécie Tityus Serrulatus – popularmente chamada de escorpião amarelo – tem causado acidentes de maior gravidade em relação a outras espécies, notadamente em crianças.

Primeiros Socorros

Lavar o local da picada;

As picadas da maioria dos escorpiões não necessitam de nenhum tratamento especial. Colocar gelo sobre a ferida reduz a dor, da mesma forma que um unguento que contenha uma combinação de um anti-histamínico, um analgésico e um corticosteróide.

Os espasmos musculares, bem como a tensão alta, provocados pela picada podem precisar de medicação.

Usar compressas mornas para alívio da dor;

Deverá ser aplicado um antídoto (antiveneno) a todas as pessoas que não respondam ao tratamento anterior ou que desenvolvam uma reação grave, sobretudo as crianças.

Se possível, levar o animal para identificação;

É importante que a pessoa picada repouse em absoluto na cama.

Não deverão ser ingeridos alimentos nas primeiras 8 ou 12 horas.

Embora a maioria dos acidentes ocorridos no Brasil por escorpiões manifesta-se nas formas leves e moderadas, em casos graves, buscar sempre auxílio médico de imediato, pois o diagnóstico precoce e o tempo decorrido entre a picada e a administração do soro influem na evolução e a manutenção das funções vitais.

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